Ops!
A
família vai viajar, mas como faremos com os nossos amiguinhos? O que será
melhor ir de carro ou de avião? O que é necessário levar?
Essas são as principais
perguntas que aparecem na hora da viagem em família, mas existem mais coisas a
serem pensadas e planejadas, para que a viagem ocorra a mais tranquila possível
e que todos se divirtam principalmente o seu pet.
Alguns itens básicos não podem faltar: guia e coleira, ração em quantidade adequada para o período de estadia, documentos do cachorro,
potes para água e comida, utensílios básicos como brinquedos,
toalhas e
cama, além de medicamentos básicos recomendados pelo veterinário para casos de
emergência.
Viagens muito longas mudança
de ambiente são estressantes para o animal, podem ocorrer episódios de diarreia e/ou
inapetência. No verão, de carro, é algo preocupante, cães e os gatos não suam,
e a temperatura corpórea irá se elevar muito em ambientes fechados, de
preferencia a horários mais frescos e parar frequentemente para oferecer água.
Evite viajar com
animais idosos,
principalmente aqueles cujas condições de saúde requerem cuidados. Animais com
menos de 4 meses que ainda não completaram a vacinação, só
devem viajar em caso de necessidade e não devem ficar expostos a outros animais
ou à rua, viagens longas também devem ser evitadas pois tanto para idosos
quanto para animais jovens um jejum prolongado pode trazer sérios danos a saúde,
as vezes irreversíveis ou mesmo casos de morte.
Em viagens para o litoral o
cão deve estar protegido contra doenças como dirofilariose, para localidade
rural o cachorro pode ter contato com outros animais, atenção para evitar
pulgas e carrapatos, lembrando que o carrapato pode transmitir doenças graves
ao seu animal e picadas de insetos podem gerar coceira e irritação, além de
berne.
Depois do roteiro traçado,
mala pronta, das vacinas e orientações do veterinário agora é escolher o meio
de transporte: carro, ônibus, avião!?!?.
Para uma boa viagem, existem
regras a serem conhecidas com antecedência.
Avião:
Documentos: para
viagens nacionais ou internacionais você precisa de:
· atestado de saúde fornecido pelo veterinário
(no máximo 3 dias antes da viagem)
· certificado de vacinação antirrábica (a
vacinação deve ter sido feita 30 dias ou mais antes da viagem).
Para viagens nacionais, a
partir de julho de 2006, cães e gatos foram dispensados da emissão da Guia de
Trânsito Animal (GTA), bastando atestado de saúde e de vacinação.
No caso de viagens para o
exterior, de posse desses documentos, o proprietário deverá ir ao Ministério da
Agricultura, que lhe fornecerá um atestado Certificado Zoo Sanitário
Internacional. Também é necessário informar-se no Consulado do país de destino
quais as exigências para a entrada do animal.
Alguns países aceitam apenas
o atestado do Ministério da Agricultura ou exigem um visto consular para a
entrada do animal, há países que exigem que o animal cumpra um período de
quarentena no aeroporto. Países da Europa em geral, solicitam um exame
sorológico para confirmação da vacinação antirrábica, que deve ser feito com
bastante antecedência (3 meses antes da viagem). Os países com restrições mais
severas são a Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Nesses
locais, o cão pode ficar confinado por meses no aeroporto devido à quarentena.
Ocorre também restrições quanto ao número de animais que estão imigrando em
alguns países. Portanto, informe-se antes para evitar surpresas no desembarque.
E para retornar ao Brasil, muitas vezes é necessário passar por uma nova
avaliação veterinária para a emissão de outro atestado de saúde, mesmo antes de
completar os 30 dias de validade do primeiro. Por isso, consulte sempre a
companhia aérea, o seu agente de viagens e o Ministério da Agricultura para
obter o máximo de informações possível.
Na
maioria das companhias, o animal irá no compartimento de carga dentro de uma
caixa de transporte, cujas medidas e características variam de acordo com cada
companhia, informe-se antes de comprá-la. Algumas companhias permitem que os
animais viajem com os donos (de preferencia a essas companhias), raças pequenas
e gatos são tolerados junto com os passageiros, em alguns casos. Há restrições
quanto ao número de animais por voo, portanto, deve-se fazer uma reserva para
viajar com o animal.
Raças de focinho curto,
conhecidas como braquicefálicas, têm um maior risco de viajar de avião. Algumas
companhias aéreas proibiram o embarque destas raças. Por isso, cães das raças
pug e buldogue, enfrentam maior resistência por parte das empresas.
Carro:
Documentos: para
viagens nacionais, a partir de julho de 2006, cães e gatos foram dispensados da
emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), bastando levar atestado de saúde e de
vacinação.
O animal deve ser
transportado, no banco de trás e com a cabeça dentro do veículo, com a guia
presa ao cinto de segurança ou usando um equipamento próprio para animais,
o
motorista pode ser multado se o cão estiver na janela do carro ou sozinho no
banco da frente ou soltos dentro de caçambas de veículos utilitários. Muitos
animais costumam vomitar com o movimento do carro, consulte o veterinário
quanto a medicar o cão contra vômitos antes
da viagem.
. Pode ser usada caixa de
transporte, desde que a temperatura não esteja elevada, no caso de gatos, o uso
da caixa de transporte é indicado para diminuir o estresse do animal.
De ônibus :
Documentos: basicamente a
mesma documentação exigida pelas empresas aéreas. Verifique tudo corretamente
antes de embarcar, inclusive sobre a necessidade de sedação do animal. Nessa
situação, o tamanho do cão pode ser decisivo para a empresa aceitar ou não o
transporte, a preferência, é para os animais de pequeno porte.
Na tentativa de facilitar a
vida dos donos, a partir de fevereiro de 2014 o Ministério da Agricultura
passou a emitir o passaporte animal para o trânsito nacional e internacional de
cães e gatos. Sendo obrigatória a
implantação de um microchip de identificação eletrônica. O veterinário deve
registrar as informações sanitárias, dados de vacinação, tratamentos, exames
laboratoriais e todas as análises exigidas pelo país de destino. Mas nem todos
os países aceitarão o passaporte.
Ok, decidimos deixar nosso amiguinho, como posso
proceder!?!? Será que ele ficará bem!?!?!
Claro
que a dor da separação é evidente para ele, mas existem hotéis especializados ou
mesmo pessoas que podem fazer isso na sua casa. Se você for deixa-lo em um
hotelzinho, sempre vá conhecer o local primeiro, leve o seu pet com você, leia
sobre recomendações do local e se for deixar alguém para cuidar dele em casa
sempre pessoas conhecidas (não se arrisque).
Você pode fazer um tratamento alternativo
(florais, acupuntura, homeopatia) para diminuir a dor da separação, mesmo sendo
momentâneo, seu animal pode sentir-se amuadinho e sempre deixe alguma roupa
(uma camiseta com o seu cheirinho), a ração, os brinquedos tudo aquilo que ele
gosta.
A primeira viagem sempre é
mais difícil, mas depois vc e seu pet vão se acostumando com essa rotina e ele
com certeza vai adorar, como você as férias de família.
Dra Alessandra Silverio